quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Estrelas e lamentos

Este post foi inspirado por rompante de romantismo que me atingiu ao ler o resumo de Concerto Campestre. Não me responsabilizo pela quantidade de calorias e sacarose que ele virá a conter, obrigada.

Não que isso seja uma grande novidade para aqueles que me conhecem. Eu sou a pessoa mais romântica e de coração aberto que eu conheço, mesmo tendo alguns 'momentos nazistas', como já diria minha querida amiga Maria Júlia Lyssa Checcinnin Kobalsky dos Goitacazes (a do nome pequeno), ou Mariju, para os mais íntimos, como eu. Quem mais chora em Freedom Writers?

Empurrada por esse vento rosa e doce, resolvi registrar nesse blog minha insatisfação com Marianne Dashwood, de Sense and Sensibility. Ignore, por favor, o fato de que o Cel. Brandon é interpretado pelo Alan, mesmo se fosse o Ulisses o ator escolhido, eu ainda amaldiçoaria a escolha infeliz dela. Claro, como todo o final feliz, ela termina com o personagem do meu ídolo, me causando imensa inveja com o pretexto de 'final justo e meigo', que não me convence.

Ok. Ele é romântico, bonito, educado, cavalheiro, rico. O ponto é: ela já havia entregado o coração para o filho da mãe traíra do Willoughby de Allenham, que por mais sensualmente interpretado por Hugh Grant que seria no futuro, com certeza a Jane Austen não sabia disso quando escreveu o livro, o que elimina o único protótipo de argumento que a história poderia ter para tomar tal rumo. Na minha humilde opinião, é claro.

O que eu faria no lugar da Jane seria das duas uma: ou não teria feito Marianne se apaixonar por Will ou não escreveria que ela se entregaria depois de ser chutada pelo crápula ao Cel. Brandon, que a aceitou de braços abertos. Ela o transformou num futuro corno manso, sem dúvida alguma, acabando com seu glamour.

Jane Austen não foi feliz. Mesmo assim, S&S é uma obra prima que merece quatro estrelas. Uma retirada por pura infantilidade e Alanismo, sim, concordo, mas minha classificação na vale para absolutamente nada e isso me tira o peso da consciência e me permite criticar a coitada da Jane, que Deus a tenha, por uma coisa banal que ela em meados do século XIX jamais poderia pressupor: minha paixão por Alan Rickman e a grande probabilidade dos chifres aparecerem em homens uke.